Nova história de Pottermore revela quem é o verdadeiro vilão da Sonserina

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Horácio Slughorn: sonserino, Mestre de Poções e... Herói de guerra?

No caso de os leitores terem se esquecido de sua participação especial no lado do bem durante a Batalha de Hogwarts, em Harry Potter e as Relíquias da Morte, a plataforma digital Pottermore, da autora J.K. Rowling, lançou o e-book Histórias de Hogwarts: Poder, Política e Poltergeists Petulantes, que revela mais detalhes sobre a história do ex-professor de poções, seu involuntário papel na ascensão de Voldemort e sua hora de redenção.


O novo livro faz parte da coleção Pottermore Presents, lançada no início de setembro. São três e-books que reúnem histórias já disponíveis no site Pottermore, escritas tanto pela autora quanto pela equipe da editora, bem como novas histórias.

No formidável novo capítulo que Rowling escreveu sobre Slughorn, ela investiga seu passado como o filho único e bondoso de orgulhosos pais puro-sangue que, “embora [...] nunca militantes em suas crenças sobre puro-sangue, [...] incentivaram uma crença silenciosa na superioridade inata da família”.

Embora Slughorn tenha ficado feliz em se tornar amigo de estudantes nascidos trouxas durante sua temporada em Hogwarts, esse classicismo parental se traduziu em “sua própria marca de elitismo” — como sua posterior instituição Clube do Slugue (um grupo informal para socialização após o expediente com seus estudantes mais promissores) indicaria, ele adorava estar cercado de talento e prestígio.

Apesar de seu pai ser um alto oficial do Ministério da Magia, Rowling escreve que Slughorn tinha o autoconhecimento para evitar “os debates acalorados da política [...]. Talvez ele soubesse no fundo de seu coração que não tinha aquela coisa com a qual grandes Ministros são feitos, ciente de que preferia uma existência menos exigente e mais confortável”.

Seguindo o caminho oposto, ele voltou para Hogwarts como Mestre de Poções, onde cultivou a orientação de estudantes que considerava mais prováveis de um dia banhá-lo de glória por terem sido seus pupilos — estudantes como Lilian Potter, mas também Tom Marvolo Riddle.


Depois de confiar a Riddle perigosos segredos sobre a criação das Horcruxes, Slughorn foi atormentado pela culpa quando percebeu que seu pupilo reemergiu como o terrível bruxo das Trevas Lord Voldemort.

Culpando-se por tornar possível o retorno de Voldemort ao poder (embora Riddle já tivesse aprendido sobre as Horcruxes por outros meios antes de se aproximar de Slughorn), o Mestre de Poções distinguiu-se particularmente na Batalha de Hogwarts.

Em um primeiro momento, parecia que ele levaria os sonserinos para uma zona de segurança, mas logo retornou, tendo reunido mais tropas para apoiar o Exército de Dumbledore — e até mesmo duelou pessoalmente com Voldemort durante a batalha.

Para um homem constitucionalmente propenso à preguiça e à autopreservação, aquele foi realmente um momento heroico. Rowling conclui: “O comportamento de Slughorn durante a noite mais perigosa de sua vida revela o valor do homem”.

No mundo da magia, com muito poucas exceções, os vilões são sonserinos. Além do mais, Mestres de Poções tendem a ser sonserinos — como o professor menos querido de Harry Poter, Severo Snape, que muitas vezes recorria ao seu poder como professor para beneficiar a Sonserina.

Portanto, não é nenhuma surpresa que Rowling já tenha admitido que ela considerava as poções como o equivalente mágico de sua própria matéria “trouxa” mais odiada: química.

Claro, descobriu-se que Snape era uma figura mais complicada, até mesmo nobre, do que um vilão — uma tensão que deu origem a 10 mil fanfics.

Mas, antes de Snape, havia Slughorn, um professor de poções e chefe da casa Sonserina que, no entanto, acabou revelando que tem um coração mais bondoso do que maldoso.

Talvez as impressões de J.K. Rowling sobre a química — e a Sonserina — sejam mais complicadas do que pareciam inicialmente.